terça-feira, 25 de julho de 2017

Heranças

São irmãos! Partilham toda a genética que tanto os aproxima, como os afasta. Têm um olhar distinto, mas um sorriso muito semelhante. Têm a mesma cor de cabelo, mas um transparece a rebeldia e outra a serenidade.

Herdaram genes da mãe e genes do pai. São parecidos com alguém, mas não lembram ninguém. São seres únicos inspirados em heranças legadas sem quereres ou intenções.

Herdaram o gosto pela música do pai. O ritmo corre-lhes nas veias. Os instrumentos musicais atraem-nos. A música dá-lhes alegria.

Herdaram o gosto pela fotografia da mãe. O encanto pela máquina. O sentido de oportunidade, fruto do olhar inocente de uma criança. O orgulho no produto final.

São o nosso fruto... A mistura do nosso melhor... 

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Eu não sonhei com um casalinho...

Em pequena, sonhava ser mãe... À medida que fui crescendo, sonhava ser mãe de meninas. Nunca me vi mãe de um rapaz...
A vida troca-nos as voltas e, aos poucos, vai nos dando lições. Abençoa-nos!

Tive a bênção de ser mãe quando quis e de uma menina, como sempre sonhei.

O sonho continuou e voltei a ser mãe quando quis e com uma enorme surpresa. O rapaz surgiu e, com ele, uma das maiores lições: não se é mãe de rapaz ou mãe de rapariga. Somos, simplesmente, mães!

A relação é diferente, porque os feitios são diferentes. Mas o amor é igual. Amor de mãe!

Por isso, quando sou surpreendida com a expressão "Que sorte, um casalinho!", não reajo. 

Não sinto a sorte de ter um casalinho. Sinto a sorte de ter filhos. 

Não sinto a sorte de ter uma filha e um filho. Sinto a sorte de ter dois indivíduos que me amam cada um à sua maneira.

E, por vezes, fico triste por não sentir essa sorte. Ou talvez não, porque fui abençoada com a maior das sortes!