Vendem-nos famílias perfeitas...
Mães sempre alinhadas, pais perfeitos, crianças doces e sossegadas e o cão esbelto de pelo sedoso e brilhante.
Vendem-nos a imagem da perfeição que, por muitas vezes, nos angustia, nos fere e magoa.
Damos por nós a procurar, criar ou mesmo inventar falhas.
Mas, depois... surgem aqueles momentos bons, raros de alguma sanidade mental em que percebemos que, há o quase perfeito.
Aqueles momentos em que compreendemos que ser quase perfeito é mesmo muito bom.
Que viver com falhas e feliz é possível.
Que a perfeição é muito rara e, muitas vezes, imperfeita.
Por isso, agradeço todos os dias a minha família quase perfeita.
Aprendi a agradecer! Aprendi a gostar de não ser uma mãe alinhada (nunca, mesmo), a ter um pai quase perfeito ao meu lado, a ter uma criança doce, mas totalmente irrequieta e a não ter cão, porque sempre quis ter um gato, que me trocou por umas belas gatas!!!!
Há muitas famílias quase perfeitas e felizes! Há algumas famílias imperfeitas e poucas perfeitas. Mas ainda bem que há famílias sempre à procura e a viver momentos felizes!!!!