quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Perfeição procura-se!

Olho à volta e vejo uma sede de perfeição desmedida! Uma procura pela perfeição que, por vezes, até assusta.

Seja pela imagem, porque somos tão bombardeados com uma imagem de medidas tão perfeitas que rondam o irreal, que quando somos confrontados com a imagem real, estranhamos. É estranho ver uma modelo plus size e aceitar a beleza da mesma. É estranho assistir a um espetáculo de dança e encontrar bailarinas roliças e lindas. 

Seja pelos nossos filhos, aquelas crianças que, por serem crianças, são maravilhosamente imperfeitas. Os filhos dos outros parecem tão perfeitos (a maior parte das vezes) e os nossos? Os nossos, quando respiram vida e testam as regras, são as pestinhas do sítio. E, surge a culpa... Os pais não educam. Os pais não controlam. Os pais.... E será que, dentro dos limites, não é bom ter crianças vivas? Será que alguém quer ter robôs? 

E as relações... Os casais perfeitos... Haverá disso? HÁ! Existem casais perfeitos, que capazes de aceitar a sua imperfeição, lutam todos os dias para manter viva a relação viver a procura incessante pela perfeição.

Olho à volta e vivo a procura imperfeita pela perfeição, porque quem não é perfeito, procura uma imperfeição que nunca encontrará. E é essa dinâmica que dá vida à vida!

domingo, 27 de dezembro de 2015

E o Natal passou...

Passou a noite de Natal.

Passou o dia de Natal. 

Cumpriram-se tradições. Recordaram-se os ausentes. Sentiu-se saudade, muita saudade. Viveram-se momentos de alegria. Viveu-se o entusiasmo dos mais pequenos.

Sentiu-se o cheiro a canela. Sentiu-se o açúcar no corpo. Sentiu-se o calor na alma...

Passou, a noite. Passou o dia. Mas o Natal ainda anda no ar, felizmente!!


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Para recordar 1#

Porque há situações que a memória apaga e merecem ser recordadas.

Situação:

Falamos de signos... 

Mãe: Tu és Aquário, o mano é Touro, a avó é Leão e eu e o pai somos Virgem.

Anita: Não, eu quero ser cavalo!

Mãe: Vamos ver os signos Chineses, pode ser que sejas cavalo... Não, és Tigre! (Uma líder nata diz o signo e eu confirmo)

Anita: Não quero ser tigre. Sou cavalo!!!

E, assim se comanda a vida!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

O Intercâmbio de Livros e a Confiança nas Pessoas

Quando a mensagem surgiu na página do facebook, não hesitei. Achei uma excelente ideia. Uma troca de livros entre crianças. Uma excelente ideia para promover a leitura entre os mais pequenos. A experiência de aguardar a chegada do carteiro. A surpresa das encomendas. Tudo de bom!!

No entanto chegou o alerta! E o receio ensombrou uma ideia que, inicialmente, parecia fantástica. E, de repente, os interessados afastaram-se com medo de confiar. 

Se o interesse fosse ganhar os tais 36 livros, então o alerta tinha toda lógica. Mas esse nunca foi o meu objetivo, por isso... Já o receio da promoção dos dados dos nossos filhos, esse fez-me pensar...

De repente, vejo que confiamos mais rapidamente em máquinas do que em pessoas. Os dados dos nossos filhos circulam livremente sem pensarmos muito nisso. Ao inscrevê-los na escola, nas atividades extra escola, damos os dados, porque sim, porque tem que ser e não pensamos em quem terá acesso aos mesmos. Já para o tal intercâmbio, esta situação era um "papão".

Quantas vezes inscrevemos os nossos filhos ou damos os nossos dados em páginas de interesses infantis, para termos acesso a concursos, brindes, prémio ou informações. Pensamos nos riscos??? Raramente! Confiamos nas máquinas e esquecemos que as máquinas dependem de pessoas.

Numa sociedade em que o medo reina, deixamos de conseguir confiar nas pessoas. Confiamos mais rapidamente em máquinas do que em quem nos rodeia....

Decidi correr o risco e confiar! Decidi enfrentar o medo e deixar a minha filha viver a experiência: chegar a casa e ter uma encomenda com o nome dela... Um livro novo; uma história nova ao deitar; um mundo de encantar novo... 

Sei que, dificilmente, irá receber 36 livros. Mas nunca foi esse o objetivo. 

O carteiro já bateu três vezes. Talvez bata mais, talvez não... Mas já valeu a pena!!!

O meu obrigada a todos que confiaram!!!!

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O Natal anda no ar...

O Natal aproxima-se a passos largos.

São as luzes, os aromas, as tradições, os contos...

São as recordações, as memórias, a saudade...

É Natal! O calendário do advento traz surpresas todos os dias. Em cada esquina há luzes a brilhar, eventos a surgir e experiências a viver.

É Natal, as tradições são alimentadas e inovadas e as memórias vão ficar...


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Dia Nacional do Pijama #1

Pela segunda vez, a Anita vive o Dia Nacional do Pijama e toda a preparação que o envolve. Desde a escolha do pijama e do boneco que a vai acompanhar, à história do ano e a coreografia a aprender, há o peditório - a Casinha do Pijama.

O mais importante desta atividade é a consciencialização das crianças para realidades diferentes. Dar a entender à Anita a razão de todas estas manifestações não foi fácil, mas hoje tive a prova que o objetivo foi atingido.

Quando questionada para quem são as moedas que recolhe carinhosamente, ela deu a resposta que, mais uma vez, mostra o quanto está crescida, amorosa e amiga dos outros.

"As moedas da casinha são para os meninos que vivem no colégio e que não têm pais? Eles nasceram do colo da mãe, mas os pais desistiram deles!"

É triste, mas é tão real...

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O luxo da cultura

Há relativamente pouco tempo, num evento cultural, gratuito por sinal, uma jornalista questionava-me sobre a cultura. Seria a cultura um luxo? Na altura respondi que talvez fosse...

Hoje, ao comprar bilhetes para um espetáculo, a questão voltou. Será a cultura um luxo neste país? Um país que, dia após dia, investe menos na cultura, com a desculpa da crise. Um país onde se compra mais rapidamente um bilhete para um jogo de futebol em vez de um bilhete para uma peça de teatro, talvez seja mesmo um luxo...

Para mim, nos últimos meses, a cultura tem sido o meu luxo. Um luxo que encaro como investimento. Um luxo que tento sorver ao máximo. Um investimento que me retribui memórias; que me enche a alma...

Felizmente, ainda há pequenos luxos gratuitos. Felizmente, alguns senhores de poder decidem dar circo ao povo! Felizmente, ainda há quem lembre que povo feliz, é povo pacato... E eu aproveito o luxo... E invisto sempre que posso, à espera que olhos se abram e que mais investimentos ocorram...

E é tão bom ver as crias a alinhar nestes luxos... É tão bom ver os pedidos de mais... Cada vez mais luxo bom, simples e enriquecedor!

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Opções da vida

Várias vezes revi as minhas opções e questionei-as!

Várias vezes imaginei como seria a minha vida se tivesse feito outras opções. Outras escolhas, outras pessoas, outros caminhos.

Hoje, apenas penso como manter e alimentar a vida que tenho.

Hoje, apenas quero manter a meu lado quem escolhi e quem a vida me deu por presente.

Hoje, apenas quero viver momentos felizes e aproveitar o lado bom da vida, porque o mau só me serve para ensinar e arquivar.

As escolhas estão feitas. As escolhas passadas são passadas. As escolhas tiveram frutos. Só resta manter ou fazer escolhas novas, caso a vida não agrade. 

Alimentar o passado, não traz futuro.

Alimentar o passado, seca a alma.

Alimentar o presente, dá-nos um futuro risonho!

Alimentar o nosso presente com coisas boas, energias positivas e muito amor só nos pode dar o melhor dos futuros!

domingo, 4 de outubro de 2015

Mudanças

Diz o ditado "Quem muda, Deus ajuda!". Sempre ouvi dizer e, neste momento, quero acreditar que estou a fazer o melhor...

Não lido bem com a mudança... nunca lidei... Por isso, ainda dói mais deixar o que me é confortável e tentar mais uma vez.

Nova realidade, novas caras, novas aventuras!

Como diz a música, foi a vida que escolhi, há muito tempo e, enquanto não tiver a coragem de escolher outra, toca a enfrentar os novos desafios e tentar cativar, porque a vida resume-se a isso...

sábado, 19 de setembro de 2015

Aproveitar a vida também cansa!

Aprendi a aproveitar o que a vida me dá. Gosto de experimentar, de conhecer... E, numa de genética, acho que a filha mais velha herdou a costela da mãe! A nossa sorte é o pai alinhar em todas.

Hoje, sábado, suposto dia de descanso, foi um dia só nosso, no meio da multidão. Um dia com pouco descanso, mas repleto de momentos bons que compensam as pernas cansadas e o corpo "estourado".

Viver a sede dela de mais, cada vez mais. Ver a alegria no seu olhar... Compensa todas as dores e cansaço...

 O difícil é gerir o resultado de todas as experiências. O cansaço dela, traduzido em birras e frustração.

Contar até dez, vinte, respirar e pensar que vale a pena.  Mesmo, que no final do dia, ouça que a mãe é má, porque é a culpada das filas serem enormes e muitas oportunidades ficarem para outra vez... porque para o ano haverá mais!

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Hoje é o teu dia! O dia da Anita!

Dizem que hoje é o dia da Anita, o teu dia,

Hoje é o dia em que, mais uma vez, demonstras o quanto me amas, revelando a confiança que tens em nós; o dia em que, mais uma vez, explodes, chamas-ma chata, porque sabes que podes desabafar todas as frustrações comigo. Hoje e todos os dias, sabes que estou aqui. Sabes que sou o teu porto seguro... o teu abrigo.

Sei que me amas acima de tudo e, por isso, às vezes é difícil. Porque amar alguém é sempre difícil.

Hoje, no dia da Anita, digo-te que estou sempre aqui. Escolhe o teu caminho, as tuas estrelas... mas nunca te esqueças que uma luz te guiará sempre, algures por aqui,...  

Direito de mãe

Neste dia dedicado à natalidade, reivindico um direito como mãe. 

Como mãe, reivindico o direito a mimar a minha cria, única e exclusivamente. Ter o direito de mimá-la sem qualquer outra preocupação. Lamber a cria sem pressas; sem a preocupação da casa para arrumar, da roupa para passar, das refeições para preparar... Eu e a minha cria. e o mundo parado lá fora!

Quero um dia da mãe e cria, em que tudo o resto se resolva sozinha. Quero um dia em que, por 24 horas, ficas no meu colo. A tua pele, o teu cheirinho bom, o mimo, o sentir-te.

Reivindico o direito mais simples desta vida e, ao mesmo tempo, tão longe e irreal...

sábado, 5 de setembro de 2015

Dia dos irmãos e a síndrome do irmão mais novo

Dizem que hoje é dia dos irmãos. Tal como disse o Papa Francisco, não há famílias perfeitas. Não há relações perfeitas, mas sempre tive a certeza da importância de ter irmãos. A companhia, a cumplicidade, o confronto, o apoio...

Sempre soube que era minha vontade ter filhos e não apenas um filho. Sempre soube que não era mãe de filho único. E com esta certeza surgiu a dúvida da capacidade da partilha. Partilhar o amor, a atenção, o espaço...

Sempre ouvi dizer que não havia divisão, mas multiplicação no coração de uma mãe. Hoje, confirmo-o! Tudo se multiplica, mas o medo de falhar aumenta e surge a síndrome do irmão mais novo.

Depois de muito ouvir queixas e mais queixas de irmãos mais novos, o esforço de fazer tudo de novo (ou quase tudo) tem sido constante.

Para já, começa-se pelas fotos. A quantidade de fotos e a existência física das mesmas distribuídas pela casa.

Segue-se as experiências e as atividades, mas desta vez com uma enorme diferença: a companhia e a cumplicidade dos manos.

O melhor de ser mãe de dois (ou mais, para quem tem essa experiência) é vê-los crescer cúmplices. Os verdadeiros companheiros da "vida airada".  Felizes e audazes, sempre!

E porque alguém o diz, "Feliz Dia dos Irmãos!", hoje e todos os dias.

A enorme dificuldade da parentalidade

Há os progenitores e há os pais. 

Há aqueles que reproduzem e aqueles que criam.

Há aqueles que vivem e aqueles que perderam o seu coração. Sim, porque os pais, a partir do momento em que ouvem aquele palpitar forte numa imensa mancha cinzenta quase indecifrável ao comum ser humano, perdem o seu coração. Ele passa a viver fora de si, algures num corpito de palmo e meio que vai crescendo com o passar do tempo.

Viver a parentalidade é a maior alegria de uma vida, mas também é o maior desafio de uma vida. O mais difícil, O mais duro. O mais recompensador. 

Dói chamar à atenção. Dói ser a má da fita vezes e vezes sem conta. Dói não saber se estamos a fazer o melhor; o mais correto.  

Mas sabe tão bem receber o sorriso inocente e mais encantador do mundo; aquele beijo lambuzado inesperado; sentir que alguém nos ama mais do que tudo neste mundo!

Definitivamente, quero ser MÃE, com todas as dificuldades e vicissitudes, com todas as alegrias e recompensas.

Cada dia menos preparada para o desafio da parentalidade. Cada dia mais resiliente... 

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Um dia especial

O segundo aniversário desfalcada... O segundo aniversário com uma pessoa a menos e o primeiro com a vida mais preenchida. Uma nova pessoa. Um novo Francisco. Uma presença que não compensa a ausência, mas atenua a falta.

Um dia sereno, com alguns planos gorados, com as histórias de sempre, mas gozado com muito carinho, rodeado de quem me ama.

Um dia especial com os melhores sorrisos do mundo, com as melhores birras de sempre e com o sentimento de que vale a pena.

Mais um aniversário. Mais um passo. Mais feliz....

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Voltar ao local onde fomos felizes...

Ao ser questionada sobre a razão pela qual não gosto de voltar aos sítios onde já fui feliz, fez-me pensar...

Defendo que não somos constantemente felizes. Temos momentos felizes. E, quantos mais, melhor.

Não gosto de voltar aos sítios onde já fui feliz, não por medo de não o voltar a ser, porque as recordações ninguém mas tira.

Não gosto de voltar aos sítios onde já fui feliz, porque gosto de conhecer sítios novos e ser feliz lá.

E é tão bom ser-se feliz!!!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Mamíferos e o estranho caso da amamentação!

Mais uma vez em fase "Mimosa" ou, como fui recentemente apelidada pela cria mais velha, "Caneca de leite".

Como bom mamífero que sou, alimento a minha cria numa relação estranha, um misto de prisão saborosa e total dependência agradável.

É bom estarmos os dois juntos no meio do mundo. É bom ver-te crescer graças a mim. É bom ter-te nos braços e sentir-te só meu. É bom sentir o orgulho na minha capacidade.

E, como boa "Mimosa" que sou, sinto que, por vezes, estranho os outros... incomoda o excessivo à vontade, ou talvez não...

Não tenho pudor. Não vejo erotismo no mais puro ato da Natureza. Mas sinto a estranheza dos outros...

Não me incomoda o lugar. Não me interessa o público. Apenas quero saber de ti... de nós!

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Sede de espetáculos

A Anita tem 4 anos!

A Anita vai à Feira Medieval de Santa Maria da Feira e vê-se rodeada de tendas e tendinhas com coroas, varinhas mágicas, brinquedos e bijutarias.... E, no meio de tanta perdição para uma comum criança de 4 anos, a Anita pede... espetáculos!



Uma sede de espetáculos; de ver coisas invade-a e eu sinto-me orgulhosa. A semente floresce aos poucos.

Será que o mesmo resultará com o mano? Só o futuro o dirá...

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Saudades...

Agora, és a neta mais velha, mas, para ele, o teu avô Chico, foste a única neta. 

Aquela que ele amou! Aquela que lhe colocava um brilho especial no olhar! Aquela que lhe deu vida, quando todos o condenavam à morte.

Hoje, questionas as injustiças da vida. Hoje, quase dois anos passados, falas dele e deixas-me o coração apertado e a lágrima no canto do olho.

Questionas o porquê de não poderes estar com ele. Questionas a falta que sentes dele. Falas dele como se dois anos, fossem um dia!

Dói-me a alma quando te ouço falar no teu avô Chico, mas, ao mesmo tempo, enches-me por saber que não o esqueces e que à tua maneira, exorcizas a saudade que sentes.

Disseste há pouco tempo que não era justo o avô Chico não conhecer o Francisco. Aquele a quem deve o nome e que ele tanto desejou... 

Anita, nunca duvides do quanto o teu avô te adorou, mas o Francisco foi tão desejado por ele... 

Dói-me não lhe ter dado a alegria de o conhecer ou saber que ele chegaria em breve...

Mas a vida é mesmo assim, injusta! E, perante estas injustiças, resta-nos viver a saudade e cultivar as recordações plantadas em nós!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

3 da manhã

A noite é interrompida, normalmente por volta das três... Longe vai o tempo em que essa hora era passada a dormir. Sem interrupções. De forma serena e descansada.

É às três que somos só os dois! É às três que o segundo filho recebe todo o mimo a que não tem direito durante o dia! É às três que recebo o melhor sorriso do dia! É às três, mais coisa menos coisa, que ganho o norte e sou feliz!

Mesmo com sono; mesmo perdida, quase a dormir em pé; desperto para ti!

Eu e tu! 

terça-feira, 28 de julho de 2015

Bebés na barriga (para recordar)

Ser mãe é do mais duro que há! Quem disser o contrário, mente com os dentes todos que tem na boca. Mas também tem dos momentos mais doces que vivemos na vida.

Hoje fizemos recados só as duas! "Momentos de gajas, com muitos recados agendados!"

E, é nestes momentos que surgem os diálogos mais inusitados e que quero gravar na minha memória.

Falávamos de quando era mais nova e da escola e coisa e tal. Ela continua a aventura do meu crescimento:

- Depois cresceste e tiveste um bebé na barriga. Eu!

- Sim e tive outro...

- Tiveste dois bebés ao mesmo tempo? (O fascínio pelos gémeos!!!)

- Não. Um de cada vez. Primeiro, a Anita e depois, o Francisco!

- Mãe, eu gostava de ter uma mana.

- Pois filha, mas Deus deu-te um mano. E Deus é que manda (é mais fácil esta explicação, do que explicar a mãe natureza a uma criança de quatro anos...).

E, em pleno cemitério, num tom de voz bem audível, ao jeito da Anita:

- Deus, põe duas manas na barriga da mãe!

Há desejos bem perigosos!!!!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Amar, simplesmente amar...

O Francisco dorme no meu colo. Contra todas as orientações sobre excesso ou falta de colo, mantenho-o nos meu braços e adoro!

Ainda não passaram três meses... Tão pouco tempo e tanto aprendido! Aprendi que amor de mãe não depende do género ou feitio do filho. Apenas se ama... Aprendi a ter o coração fora do peito mais uma vez... e, desta vez, cedo demais! Aprendi, mais uma vez, que amar implica dor!

Vejo-te crescido. Um bebé, mas crescido.

Mantenho-te no meu colo, porque vais fugir quando menos eu esperar.

Mantenho-te no meu colo e és meu outra vez, só meu!

sábado, 23 de maio de 2015

A perfeição

Nunca fui perfeita, mas durante muito tempo exige-me a perfeição.

Nunca quis uma vida perfeita. Sempre dei graças pela minha vida ser quase perfeita! Para mim, a minha vida é perfeita...

Mas a vida gosta de provocar e exigir-nos mais e mais. E agora restam duas opções: complicamos ou aceitamos e seguimos em frente!

Mas, independentemente da opção, dói, e dói tanto....

Resta, aceitar, abraçar e amar. Simplesmente, amar!

domingo, 26 de abril de 2015

Quase... quase

As horas passam e o momento aproxima-se... Sinto, agora, que não aproveitei ao máximo ter-te dentro de mim. Tanta coisa ficou por fazer...

Não temo o momento. Acredito que muitos anjos da guarda no protegem e velam por nós. Apenas temo que as coisas não corram como o esperado...

Estamos prontos, ou dentro do que é possível estar pronto.

Está quase e ao mesmo tempo tão longe!

terça-feira, 3 de março de 2015

Para ti, Francisco!

Chegaste, desejado mas muito inesperado!

Antes que tivéssemos tempo de pensar na tua chegada, deste sinal que andavas por cá!

E tudo tem sido diferente... A forma como, aos poucos, te afirmas. A ansiedade que crias em nós.

O teu nome foi escolhido há muito. Mesmo, acreditando pouco que um dia virias (sempre disse que não sabia fazer gajos), sempre existiu o nome.

Durante muito tempo, pensei que serias o meu Chiquinho... mas não consigo. Desculpa, mas para já, és o Francisco, o meu Francisco!

Talvez um dia, mas ainda não é o momento. Talvez, quando cruze os meus olhos com os teus, passes a ser o meu Chiquinho. Logo se vê! Para já, és o meu doce, agitado e contorcionista Franciso!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Os amores

A pequenita entrou para a escola e conheceu todo um mundo novo.

Novas amigas, novos amigos, novos amores, novas formas de amar.

E surge o grande problema do pai...

Entre novas formas de amar, surge não um namorado, mas muitos namorados e aquela gargalhada fantástica que eu tanto adoro, sempre que provoca o pai com a lista.

E parece que já deu muitos beijinhos (na boca) ou talvez não. 

Mas fica o brilho nos olhos e aquela inocência de quem descobre o mundo de uma forma simples, mas muito feliz!