Há cinco anos estava ansiosa mas muito cansada. As horas passavam e tu não me brindavas com a tua presença. O meu corpo avisava que estava na hora de conheceres o mundo, mas tu, dona de uma vontade tão própria e tão tua, recusavas abandonar o teu palácio encantado, qual princesa empertigada...
Há cinco anos, o vento manifestava-se de forma exuberante, como a avisar que vinhas... E é engraçado como, desde esse momento, o vento marca presença em momentos marcantes na minha vida... No teu nascimento, na morte do teu avô Xico e no nascimento do nosso Francisco... A força da Natureza no seu ciclo de vida!
Hoje, deslumbro-me com a tua vivacidade e fúria de viver qual vento indomado. Irrito-me com a tua necessidade de afirmação pessoal. E derreto-me com o teu sorriso... tão espontâneo, tão puro, tão revitalizante...
Cada dia que passa, ensinas-me a dimensão da maternidade e comprovas o que as teorias sempre afirmaram. Ser mãe é um ato de amor. É um ato de dor. É um ato de entrega. É um ato de desespero. É um ato de vida. O mais puro e mais rico ato de uma vida... o mais difícil, mas recompensador...
Se um dia leres estas linhas, agradeço-te por me amares tanto como tua mãe. Sempre a tua mãe!
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